
As vendas online ganharam um super papel de destaque nos últimos anos. Falar sobre e-commerce e comprar produtos na Internet já não é novidade para mais ninguém. É bem verdade que a pandemia potencializou e acelerou esse crescimento, mas agora o caminho já é sem volta.
Milhões de consumidores se habituaram a comprar online, e mesmo após a reabertura completa de todo o comércio, essas pessoas seguem preferindo comprar pela Internet e receber os produtos no conforto de casa.
E se em 2021 o setor cresceu 26,9% e teve faturamento recorde de R$161 bilhões, como será que está a projeção para esse ano? Será que os números impressionantes do ano anterior serão superados?
De acordo com dados levantados pela SmarHint, os 5 primeiros meses de 2022 registraram um faturamento 785% maior que o mesmo período antes da pandemia. Não é mais pelas restrições do Covid-19, o e-commerce brasileiro realmente se consolidou de maneira avassaladora.
Vamos ver no decorrer do conteúdo mais dados sobre o comércio eletrônico no país esse ano e tendências para os próximos meses!
Números do 1º semestre de 2022
Agora que já iniciamos o 2º semestre de 2022, diversos dados consolidados a respeito do primeiro semestre começaram a ser divulgados. E as informações sobre o desempenho do e-commerce, especificamente falando, são bem animadoras.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) apontou um faturamento de R$ 73,5 bilhões para o e-commerce brasileiro nos primeiros seis meses do ano. Segundo a base de dados da associação, o número representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2021.
Para o segundo semestre do ano, a projeção é de R$ 91,5 bilhões em vendas. Isso se aproxima bastante da expectativa informada pela própria ABComm de que o e-commerce brasileiro fature R$169,5 bilhões em 2022, o que representará um crescimento de 12%.
Vendas online
De acordo com o Índice MCC-ENET, as vendas no e-commerce continuam em crescimento. No acumulado do ano – nesse caso aqui a análise vai de janeiro a maio -, o percentual de crescimento foi de 8,65%. No comparativo com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,99%.
Faturamento
Nem todos os índices corresponderam às expectativas. Apesar do aumento no volume de vendas, como vimos acima, o faturamento não cresceu na mesma proporção. Somente em maio houve uma queda de 1,06% se comparado ao mesmo mês do ano anterior.
Já o acumulado de 2022 se mantém positivo: 4,69%. Entretanto, o índice é inferior ao acumulado registrado em maio de 2021, que era de 46,99%. A explicação pode ser pela diferença de cenário, já que no ano passado, nesse mesmo período, as lojas físicas ainda viviam as indefinições da pandemia.
Com a situação crítica e muitos comércios fechados ou repletos de restrições, o e-commerce teve ainda mais destaque.
Categorias em destaque
E vamos com mais informações importantes para quem possui loja online. Quais são as categorias que mais estão se destacando? Será que o seu negócio faz parte de uma delas?
Nos últimos 4 anos os equipamentos de informática (como notebook e smartphone) estão entre as categorias mais vendidas no e-commerce, registrando 42,7% do market share).
E durante a pandemia esse percentual ainda aumentou um pouco mais, como em 2021, por exemplo, quando o setor teve participação de 43,10%.
Confira mais alguns dados do market share dos segmentos do e-commerce brasileiro:
- 29,4% móveis e eletrodomésticos;
- 10,7% tecidos, vestuário e calçados;
- 7,3% artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
- 5,4% outros artigos de uso pessoal e doméstico;
- 3,9% hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo;
- 1,6% livros, jornais, revistas e papelaria.
Importante também observar algumas sazonalidades, muito comuns de acordo com a época do ano. Um ótimo exemplo é a venda de roupas e calçados de inverno, que teve uma alta em junho por conta das baixas temperaturas.
De acordo com dados da Neotrust, o número de pedidos cresceu 22,8% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
E quer saber quais itens estão mais em alta nessas categorias de roupas e calçados de inverno?
O destaque foi para os coletes masculinos, que tiveram um aumento de 603% no faturamento e de 548% no número de pedidos. Em seguida, aparecem os coletes femininos, coletes e jaquetas infantis e botas femininas.
E os consumidores?
De janeiro a março de 2022, 17,5% dos consumidores brasileiros fizeram pelo menos uma compra online. Isso representa incríveis 24 milhões de clientes únicos em apenas um trimestre. Porém, apesar do número ser maior do que o do ano anterior, tivemos uma desaceleração no crescimento.
Isso se deve ao salto muito acentuado de 2020 para 2021: 16 milhões para 23 milhões de consumidores únicos. Essa era uma situação já prevista em função da retomada da economia no período pós-pandemia.
Meios de pagamento
Já trouxemos essa informação em outros conteúdos e em nossas redes sociais: o Pix é o destaque do momento. No primeiro trimestre de 2021, o meio de pagamento representou 4,3% do faturamento total do e-commerce.
Em 2022 o número saltou para 9,7%. Apesar dessa alta, o cartão de crédito ainda é a solução mais utilizada (82,6%).
Outro destaque importante que podemos observar nos dados analisados está relacionado ao uso de cupons. De janeiro a maio desse ano, a utilização do recurso para obter vantagens cresceu 188%. Só no segmento de moda, por exemplo, houve um crescimento de 60%.
Você não tem feito promoções, ofertas personalizadas e nem tem utilizado cupons em sua loja? Essa informação destacada acima mostra o quanto isso vem sendo importante para conquistar consumidores no comércio eletrônico.
Com a concorrência mais acirrada, é importante ficar de olho nas principais tendências para o setor. Comece a considerar o uso de cupons em sua loja nas próximas campanhas e comunique os benefícios para seus clientes e potenciais consumidores.
Tendências para o e-commerce
Depois de conferirmos como foi o desempenho do e-commerce no primeiro semestre, vamos agora conferir duas tendências para os próximos meses que poderão contribuir para o aumento das vendas online.
Phygital
Nunca ouviu falar nesse termo antes? Então é bom entender do que se trata e já começar a se acostumar. A estratégia phygital tem como premissa a perfeita união entre os canais de venda físicos e digitais.
Vamos tentar facilitar um pouco mais essa compreensão. Mas como já deve ter ficado subentendido, é algo válido para quem possui loja física e online, ou para quem vende online em parceria com lojas físicas.
O consumidor pode comprar um produto no site, recebê-lo em casa e trocar na loja. Mas o conceito vai além: é possível ver o catálogo online antes de se dirigir à loja, experimentar roupas sem sair de casa por meio de realidade aumentada e por aí vai.
Com a reabertura das lojas físicas, a ideia era não concorrer físico e digital, já que ambos na verdade podem ser complementares. Os canais online e offline se tornam parceiros para garantir experiências híbridas ao consumidor e gerar mais vendas.
Fundamental nessa estratégia é a elaboração de uma boa comunicação omnichannel para não prejudicar os consumidores que fazem contato por diferentes canais.
Live commerce
Se você acompanha nosso blog já sabia dessa tendência! O live commerce é uma maneira inovadora atrair consumidores e potencializar as vendas. As famosas transmissões ao vivo são usadas para aproximar a marca do consumidor e despertar desejos de consumo.
Não foram apenas as lives musicais que tiveram destaque durante os períodos mais críticos da pandemia.
O live commerce também foi bem aceito pelo público, e como a tática deu certo, a tendência é de que os e-commerces aperfeiçoem cada vez mais as plataformas para garantir melhores experiências aos consumidores.
Mesmo que você não se sinta confortável para fazer, é possível aprimorar com o tempo, ou ao menos utilizar outras estratégias. Um exemplo são as parcerias com influenciadores digitais para aumentar o engajamento e elevar o potencial de conversões.
Conclusão
O ponto principal após conferirmos tudo que foi apresentado ao longo do conteúdo não é considerar que o ritmo de crescimento está menor que em outros momentos. A expansão do e-commerce, como já dissemos, foi extremamente acentuada por conta da pandemia.
Qualquer análise comparativa com esse período poderá trazer conclusões errôneas. A questão mais importante é perceber como o crescimento continua acontecendo mesmo após a completa normalização do comércio físico.
Os consumidores de fato se habituaram às compras online. O comércio eletrônico passou a fazer parte da rotina de milhões de consumidores. E como pudemos perceber os números do e-commerce no primeiro semestre de 2022 foram bastante animadores.
E tem muito mais por vir. O segundo semestre do ano é marcado por datas comemorativas altamente lucrativas para o e-commerce, como a Semana do Brasil, em setembro, a super tradicional Black Friday e o Natal.
E esse ano ainda terá o adicional da Copa do Mundo em novembro e dezembro, evento que faz o Brasil parar e certamente movimentará diversos setores da economia, incluindo em peso o comércio eletrônico.
Gustavo Faleiro
Gerente de Marketing na LojaVirtual.com.br. Especialista em produção de conteúdo, inbound marketing e sempre antenado com as tendências do marketing digital.